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AGRONEGÓCIOS Quinta-feira, 23 de Maio de 2019, 01:32 - A | A

23 de Maio de 2019, 01h:32 - A | A

AGRONEGÓCIOS / AGRONEGÓCIO

Déficit para armazenar safra de milho em Mato Grosso é de 98%, aponta Imea

Agronotícias
Nova Mutum-MT



Com o início da colheita de mais uma ampla safra de milho em Mato Grosso, um velho problema para o produtor mato-grossense continua sem solução: a falta de armazenagem. De acordo com dados da Conab, atualmente a capacidade de estocagem de grãos do Estado está em 37,48 milhões de toneladas e, apesar do crescimento de 24,29% nos últimos cinco anos, ainda não foi o suficiente para atender às necessidades do estado. A análise é do IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária -.

“Levando em consideração a recomendação da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), de que a disponibilidade ideal de armazéns é de 120% da produção, estima-se que, para a estocagem de grãos em Mato Grosso ser satisfatória na safra 2018/19, seria necessária uma capacidade de 74,24 milhões de toneladas, o que revela um déficit de 98,07%. Dessa forma, em vista das dificuldades de armazenagem que o estado continua enfrentando, é importante que o produtor se planeje para mitigar possíveis prejuízos na safra”, conclui o instituto.

Semana passada, a Conab apontou que mais de 8 milhões de toneladas dos grãos produzidos em Mato Grosso estão estocados nas propriedades dos próprios agricultores, fazendo com que o nível de armazenagem nas fazendas chegue em cerca de 22%. O índice é maior do que a média nacional, como aponta o resultado do trabalho de censo com a atualização de dados dos principais armazenadores no estado, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento. Segundo o levantamento, Mato Grosso possui 2.192 unidades armazenadores cadastradas em 92 municípios, o que totaliza uma capacidade estática de 37,6 milhões de toneladas. Com a atualização das informações houve um acréscimo de 6,8 milhões de toneladas à capacidade de armazenamento já existente no estado. Ainda sim, Mato Grosso fica quase 40,8 milhões de toneladas abaixo do volume recomendado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que indica uma capacidade estática de armazenagem 20% superior que a produção agrícola anual do local.



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