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SORRISO Sábado, 07 de Dezembro de 2024, 09:06 - A | A

07 de Dezembro de 2024, 09h:06 - A | A

SORRISO / SORRISO NA MIRA DA PF

Chapa Alei Fernandes tem 5 dias para apresentar defesa sobre suposto esquema de "Caixa 2" durante campanha

Rodrigo Costa/Olhar Direto
Sorriso-MT



O juiz eleitoral Anderson Candiotto deu prazo de 5 dias para que o prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes (UNIÃO) apresente defesa sobre o suposto abuso de poder econômico e político durante a campanha eleitoral e um esquema de caixa dois.

A decisão é da última quinta-feira (5), proferida no âmbito da Operação Rustius, deflagrada pela Polícia Federal contra o agricultor Nei Francio, acusado de ser o mentor das financas da corrida de Fernandes nas eleições 2024.

Segundo a denúncia do Ministério Pùblico Eleital (MPE), a chapa teria captado doações ilegais para financiar a campanha, o que é proibido pela legislação eleitoral. A defesa dos acusados terá o prazo de cinco dias para apresentar suas alegações e provas.

O MPE pede que seja negada ou cassada a diplomação de Alei Fernandes e Acácio Ambrosini, “em razão da prática de captação e gastos ilícitos de campanha (“caixa 2” e doações de pessoas jurídicas)”.

Na peça, o MPE lembra a investigação da Polícia Federal (PF) iniciada após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ter realizado a abordagem de Nei Francio, apoiador de Alei, que conduzia uma Hilux na BR-163, no dia 3 de outubro de 2024, por volta das 23h25.

Naquela noite ele tentou, sem sucesso, fugir dos policiais rodoviários federais que efetuavam policiamento e patrulhamento de rotina. A polícia apreendeu R$ 300 mil em dinheiro vivo na cabine do veículo, que carregava um adesivo de Alei, e o aparelho telefone do suspeito. Francio não soube comprovar a origem do dinheiro, que incluía cédulas de 20, 50, 100 e 200 reais.

Segundo o promotor, é possível inferir das conversas no celular de Nei que ele exercia importante papel na coordenação financeira dos candidatos Alei Fernandes e Acácio Ambrosini.

“Verificou-se nos diálogos que Nei mantinha contato com inúmeros empresários para angariar doações não documentadas para abastecer o caixa 2 da campanha”, diz. “Vale frisar ainda que é possível inferir do teor dos diálogos que o valor de R$ 300.000,00 encontrado pela Polícia Rodoviária no veículo de Nei seria utilizado para abastecer o caixa 2 da campanha de Alei Fernandes”.

“Existem, portanto, Excelência, fortes elementos que apontam para a formação de um esquema que angariou doações para alimentar o caixa 2 da campanha de Alei Fernandes. A esse respeito, calha registrar que parte das doações não quentes obtidas para o caixa 2 da campanha já tenha sido identificada nos diálogos constatados no celular de Nei Francio”, completou o promotor.



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