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SORRISO Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 15:47 - A | A

15 de Julho de 2024, 15h:47 - A | A

SORRISO / CRIMINALIDADE

Bahia lidera ranking, Sorriso/MT se destaca no Centro-Oeste e Atlas da Violência 2024 revela panorama preocupante

Atlas da Violência 2024 revela panorama preocupante

Cenário MT
Sorriso/MT



O Atlas da Violência dos Municípios 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), traça um panorama alarmante da violência no Brasil, com a Bahia liderando o ranking das 10 cidades mais violentas e Sorriso (MT) se destacando como a mais sangrenta do Centro-Oeste.

Sete das dez cidades com as maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes estão na Bahia. Santo Antônio de Jesus lidera o triste ranking com 94,1 mortes por 100 mil habitantes, seguida por Jequié, Simões Filho, Camaçari, Juazeiro, Salvador e Feira de Santana

A violência não se limita à Bahia: municípios de outros estados também figuram entre os mais violentos, como Altamira (PA), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Itaguaí (RJ). Sorriso, no Mato Grosso, chama a atenção por ser a cidade mais violenta do Centro-Oeste, com taxa de 70,5 homicídios por 100 mil habitantes.

Os dados do Ipea, que consideram informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e do Censo Demográfico 2022 do IBGE, revelam um cenário desafiador: em 2023, o Brasil registrou 52.391 homicídios, dos quais 5.982 foram considerados “ocultos” (causa da morte não especificada). A taxa nacional de homicídios ficou em 21,7 por 100 mil habitantes, mas as regiões Nordeste (32,8) e Norte (27,3) apresentam números ainda mais alarmantes.

Atlas da Violência no Centro-Oeste

Enquanto as capitais Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e Brasília têm taxas de homicídios inferiores a 20 por 100 mil habitantes, outras cidades do Sudeste e Sul também figuram no ranking da violência. Itaguaí (RJ), na região metropolitana do Rio de Janeiro, é a 13ª mais violenta do país com taxa de 59,9 homicídios, enquanto Paranaguá (PR) lidera a região Sul com 52,8 homicídios por 100 mil habitantes (28ª no geral).

As altas taxas de homicídios são um reflexo da violência estrutural presente no Brasil, que exige ações multifacetadas para combatê-la. Políticas públicas efetivas, investimento em educação e segurança pública, programas de geração de renda e inclusão social, além da mobilização e cobrança da sociedade civil por medidas concretas, são essenciais para construir um país mais seguro e justo.



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