NOVA MUTUM, 05 de Fevereiro de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,77
NOVA MUTUM, 05 de Fevereiro de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,77
Logomarca

MARLI VIEIRA Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 02:56 - A | A

10 de Fevereiro de 2018, 02h:56 - A | A

MARLI VIEIRA / MARLI VIEIRA

COLUNA: AIDS e DSTs no Panorama Mundial, América Latina e Brasil

Marli Vieira
Nova Mutum



Carnaval são os três dias de festas que precedem a quarta feira de cinzas. Palavra de origem latina "carna vale" e que significa dizer "adeus à carne". O carnaval chegou ao Brasil no século XVII vindo das festas que ocorriam na Europa, principalmente na Itália e na França, no século XVII. Ou seja: "adeus à carne" = “carne não vale nada”. A terça-feira de carnaval é chamada de “Terça-feira gorda” ou "Mardi Gras", como dizem os franceses.  E a Quarta-feira de Cinzas representa 1º dia da Quaresma no calendário gregoriano, também designada por Dia das Cinzas, é celebrada por algumas comunidades cristãs.

As estatísticas sobre HIV e AIDS, estão disponíveis nos relatórios do UNAIDS bem como nos informativos mais recentes do Ministério da Saúde (para dados nacionais). Este conteúdo é atualizado de seis em seis meses com os dados oficiais do Ministério da Saúde. Em 2016, havia 36,7 milhões de pessoas vivendo com HIV, sendo 34,5 milhões [de adultos entre estes 17,8 milhões eram mulheres (15 anos ou mais) e  2,1 milhões  de crianças (menores de 15 anos) e em junho de 2017, 20,9 milhões de pessoas vivendo com HIV, confira os dados abaixo, olhando o Panorama Mundial pode-se situar em relação ao que acontece na América Latina e no Brasil, os dados são alarmantes.

Em 2016, cerca de 76% das mulheres grávidas vivendo com HIV tinham acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV para seus bebês e as novas infecções por HIV em todo o mundo chegaram a 1,8 milhão de pessoas das quais 1 milhão de pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS em todo o mundo, em comparação a 1,9 milhão em 2005 e 1,5 milhão em 2010.

Reprodução

COLUNA MARLI VIEIRA DOENÇAS SEXUAIS

(Uma imagem vale mais que mil palavras)

O UNAIDS estima que será necessário um investimento de US$ 26,2 bilhões para a resposta à AIDS até 2020 em países de baixa e média renda, com necessidade de um investimento de US$ 23,9 bilhões até 2030. Dados: HIV e Aids no mundo: Números atualizados de 2017.

No Brasil a grande preocupação é o alarmante número de pessoas que não usam camisinhas, já notaram que a América latina tem um número altíssimo de casos, e o Brasil infelizmente tem se destacado neste cenário negro, apesar de bilhões investidos em conscientização, propaganda com artistas, e camisinhas femininas e masculinas distribuídos gratuitamente. Como estes bilhões poderiam ser mais bem aproveitados? Pense nisso! 

O Carnaval acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis; saiba como evitá-las. O Governo quer distribuir 100 milhões preservativos no Carnaval 2018  para conter avanço de doenças. O Ministério da Saúde constata menor uso de preservativo e maior contágio de HIV entre jovens. A preocupação deve existir no ano todo, mas no carnaval se intensificam as campanhas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. Neste ano, o esforço é de elevar o tom de alarme para os mais jovens, grupo no qual o Ministério da Saúde vem constatando menor hábito de usar preservativos - e maior índice de contágio por HIV.

Reprodução

COLUNA MARLI VIEIRA DOENÇAS SEXUAIS

 

Até o fim do carnaval, as peças publicitárias do governo estarão em TVs, revistas e redes sociais propagando o slogan "No carnaval, use camisinha - e viva essa grande festa!". A campanha chama atenção para o alto número de pessoas no Brasil que têm HIV mas ainda não sabem - aproximadamente 112 mil brasileiros - e para os cerca de 260 mil que vivem com o vírus mas ainda não se tratam, o que as torna propagadores da doença. A última Pesquisa de Comportamentos e Atitudes e Práticas, que indica que, entre jovens de 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha com parceiros eventuais. Só no Rio de Janeiro: governo quer distribuir 74 milhões preservativos masculinos e 3,1 milhões femininos no Carnaval. As ações do governo durante o carnaval incluem a presença de "homens camisinha" distribuindo preservativos nas ruas. Estão sendo realizadas também campanhas informativas com foliões nos blocos, em cidades como Rio, Recife, Salvador e Ouro Preto.

Também aumentou na faixa etária entre 20 a 24 anos, chegando a 21,8 casos a cada 100 mil habitantes. "Isso mostra que nossa população jovem está mais vulnerável ao HIV e precisa acessar mais conhecimento e os serviços de saúde para se testar", afirma a infectologista Brenda Hoagland, pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). "Como a nova geração não assistiu à epidemia quando o HIV ainda não tinha tratamento, é possível que não tenha uma percepção sobre a gravidade do HIV, o que aumenta nossa responsabilidade de informar sobre riscos e prevenção", acrescenta ela.

Em pesquisa realiza com Cordão do Bola Preta, no Rio de Janeiro: apenas 56,6% dos jovens brasileiros usam camisinha com parceiros eventuais. O tratamento contínuo ao HIV pode controlar a doença, garantir a sobrevida dos infectados e tornar o vírus indetectável (o que equivale a prevenir a transmissão com uma segurança de 96%). Mas não pode curá-la. O teste rápido costuma detectar a infecção cerca de 15 dias após o contágio.

Reprodução

COLUNA MARLI VIEIRA DOENÇAS SEXUAIS

 

As campanhas costumam focar no uso da camisinha como método de prevenção, mas é essencial conhecer também a proteção disponível para casos de relação de risco desprotegidas, frisa Brenda - a chamada profilaxia pós-exposição, ou PEP, um conjunto de medicamentos contra o HIV que devem ser ingeridos por 28 dias no período imediatamente após o possível contágio. "Se uma pessoa teve uma relação sexual desprotegida em que suspeite de risco para o HIV, ela deve procurar um serviço de saúde até no máximo 72 horas após a relação. Ou seja, se a camisinha rompeu ou deixou de ser usada, a pessoa pode buscar o atendimento numa emergência e o serviço é gratuito", ressalta a infectologista, acrescentando que quanto mais cedo se inicia o tratamento dentro dessas 72 horas, maiores suas chances de eficácia.

Além da camisinha, a nova campanha aposta nas diversas formas de prevenção para evitar o HIV e promover a qualidade de vida de quem já vive com o vírus. Estão sendo distribuídos, gratuitamente, mais de 100 milhões de preservativos em todo o país.

Prevenir é Viver o Carnaval #VamosCombinar é o tema da Campanha de Prevenção do Carnaval 2018, lançada pelo Ministro da Saúde Ricardo Barros, nesta terça-feira (6), no Teatro Gregório de Matos, em Salvador. A campanha dá continuidade à lançada durante o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, em 1º de dezembro, e visa fortalecer às diversas formas de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis como o HIV/aids junto ao público jovem. Este ano, como novidade, serão utilizadas diferentes manifestações musicais de cada local, tais como o samba, axé, frevo, marchinhas e forró. Ele anunciou o envio a todas as unidades da federação de mais de 100 milhões de preservativos para todo o país. “Esse quantitativo é relevante porque queremos que os foliões não só da Bahia como de todo o Brasil, em conjunto com seus parceiros, se conscientizem da importância do uso de preservativos” explicou o ministro.  Para Barros, “campanhas como essa, que se estenderão por todo o ano em diversas festas populares ao longo de todo o ano, irão possibilitar ao país reduzir não só os números de HIV e aids, como também de outras infecções sexualmente transmissíveis”.

O lançamento teve a presença do embaixador da campanha, o cantor Léo Santana, e a apresentação do grupo Fit Dance e dos blocos Olodum e Ilê Aiyê. A campanha terá continuidade ao longo do ano de 2018, com ações nas principais festas populares do Brasil (São João, Parada LGBT, carnavais fora de época, eventos regionais).

(Crédito: Rodrigo Nunes/MS)



Comente esta notícia