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AGRONEGÓCIOS Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 10:28 - A | A

25 de Novembro de 2024, 10h:28 - A | A

AGRONEGÓCIOS / POLÊMICA

Ministro da Agricultura apoia suspensão de venda de carne para o Carrefour

JBS, Marfrig e Masterboi deixaram de vender para rede de supermercados francesa, que anunciou veto ao produto do Mercosul.

Nilson Klava/G1
BRASIL



O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (25) que se sente “feliz” com a reação de frigoríficos brasileiros em suspender o fornecimento de carne ao grupo Carrefour no Brasil.

A movimentação aconteceu após o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmar na última quarta-feira (20) que a rede deixaria de comprar carne do Brasil para o mercado francês.

“Não é pelo boicote econômico. O problema é a forma com que o CEO do Carrefour tratou, o primeiro parágrafo da carta, da manifestação dele, que fala com relação à qualidade sanitária das carnes brasileiras, que é inadmissível falar”, afirmou o ministro em entrevista à Globonews. 

"A França compra carne do Brasil há quarenta anos, só agora que ele foi detectar isso? Então é um absurdo, ainda mais querer fazer barreira comercial (...) Eu estou feliz com a atitude dos nossos fornecedores, se para o povo francês, o Carrefour não serve para comprar carne brasileira, o Carrefour também não compre carne brasileira para colocar nas suas lojas aqui no Brasil”.

Um dia após o anúncio, na quinta-feira (21), a JBS, Marfrig e Masterboi interromperam o fornecimento de carne bovina ao Carrefour, assim como para outras duas lojas do grupo, o Atacadão e o Sam's Club, conforme apurou a Revista Globo Rural.

“Caminhões da JBS que estavam no percurso para a entrega nas lojas ontem voltaram para trás”, disse uma fonte à reportagem. Questionado pelo g1, a rede afirma que “não há desabastecimento” em nenhuma de suas lojas.

“É improcedente a alegação de que hoje há desabastecimento de carne nas lojas do Grupo Carrefour Brasil. Tal alegação, veiculada sem identificação de fonte, contribui para desinformação. A comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas. Nenhuma loja está desabastecida”, afirmou o Carrefour, em nota.



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