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Brasil
Um aumento na demanda dos frigoríficos pelo boi gordo fez com que os preços do animal avançassem em diversas regiões do país nesta sexta-feira (17/01). Das 32 "praças" de produção pecuária avaliadas pela Scot Consultoria, 12 registraram altas nos valores da arroba, enquanto as demais ficaram estáveis.
Em São Paulo, a cotação do boi gordo subiu R$ 2 por arroba e a da vaca R$ 3 por arroba, para respectivos R$ 327 e R$ 330 por arroba, de acordo com os dados.
"As escalas de abate atendem, em média, a cinco dias. Dessa forma, os compradores lançaram ofertas mais firmes, a fim de atender suas escalas", afirmou a consultoria em relatório.
No sul de Minas Gerais, a alta nos preços foi causada por uma redução no volume de gado disponível para abate. Com isso, a cotação do boi e da vaca gordos subiu R$ 5 por arroba. O boi gordo está cotado em R$ 310 por arroba, a vaca em R$ 290 e a novilha, que não teve variação, ficou em R$ 295.
Em Rondônia, o valor do boi gordo subiu R$ 2 por arroba, para R$ 280 por arroba, também me função de uma oferta de animais mais restrita.
Regiões da Bahia, Mato Grosso e Pará também terminaram o dia com aumento nos valores pagos pelo gado gordo.
Confinamento
Análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a marca de produtos para nutrição animal Tortuga indica que as altas nos custos com animais de reposição e uma certa estabilidade nos preços do boi no mercado futuro, devem resultar em queda na rentabilidade dos confinamentos, ao menos durante o primeiro trimestre de 2025.
No entanto, a notícia não é tão negativa para o pecuarista. "Mesmo com os recuos, a tendência é que a série de rentabilidade se mantenha positiva, acima do histórico dos últimos anos", estimaram.
A rentabilidade do confinamento para os animais abatidos em dezembro caiu pontualmente, após atingir desempenho recorde em novembro do ano passado. A queda foi motivada, principalmente, pela alta nos preços do boi magro, que elevou os custos de reposição.
Dessa forma, os cálculos apontaram 32,6% de rentabilidade média no último mês de 2024, recuo mensal de 13,5 pontos percentuais, conforme análise divulgada hoje.