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CIDADES Sábado, 17 de Fevereiro de 2024, 09:08 - A | A

17 de Fevereiro de 2024, 09h:08 - A | A

CIDADES / TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE

Após queixas, faculdade expulsa assassina de Isabele do curso de Medicina

Autora de disparo escolheu curso por "se tratar de sonho" de Isabele Ramos

Wesley Moreno/ PowerMix



A jovem condenada pelo assassinato de sua amiga Isabele Guimarães foi recentemente expulsa da Faculdade São Leopoldo Mandic, localizada em Campinas (SP). A decisão foi tomada pela instituição após receber reclamações de vários alunos sobre a presença em sala de aula de uma estudante envolvida em um crime que comoveu todo o país.

Tanto ela quanto sua irmã gêmea estavam matriculadas no curso de Medicina, cuja mensalidade atual é de R$ 13.878,00, conforme informações do site da instituição.

Segundo a reportagem de Ullisses Campbell, do jornal O Globo, após as queixas dos estudantes, a faculdade iniciou uma sindicância e concluiu que a presença da jovem, agora com 18 anos, estava causando tumulto nas aulas e poderia prejudicar a imagem da instituição. Além disso, o crime cometido pela estudante foi considerado incompatível com a natureza do curso de Medicina, cujo objetivo é salvar vidas.

A instituição enviou uma nota à reportagem afirmando: "Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela o direito de apresentar recurso, em conformidade com os princípios do contraditório e da ampla defesa".

Desde o ocorrido, em 12 de julho de 2020, a jovem teve que mudar de escola devido à hostilização que sofreu e também foi verbalmente agredida em um salão de beleza.

O caso

Em um domingo, Isabele foi à casa de sua amiga B.O.C., ambas com 14 anos na época, para fazer um bolo. As amigas eram vizinhas no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, e frequentavam a casa uma da outra.

À noite, as duas subiram para o quarto da anfitriã e, no banheiro, Isabele foi baleada no rosto pela amiga. O único tiro foi disparado a curta distância e ela faleceu no local. Inicialmente, a atiradora afirmou que se tratava de um acidente, mas a perícia constatou que o disparo foi intencional.

B.O.C. era atiradora profissional e havia ganhado campeonatos de tiro esportivo pouco antes do crime. A arma utilizada no homicídio havia sido levada à residência pela então namorado da condenada.

A criminosa foi condenada a 3 anos de reclusão, mas permaneceu detida por 17 meses no Lar Menina Moça, no Complexo Pomeri em Cuiabá.



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