Pedro Coutinho/Olhar Juridico
A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, deferiu o pedido de recuperação judicial feito pelo Grupo Kremer, conglomerado que atua há 25 anos no agronegócio de Mato Grosso e declarou à Justiça dívidas de R$ 60 milhões. Decisão da magistrada foi proferida nesta terça-feira (6).
As atividades do grupo em solo mato-grossense iniciaram em 1999, com o arrendamento de terras e maquinários em Lucas do Rio Verde, por intermédio de Renato e Daniele Kremer, constituindo plantio de grãos em Nobres anos depois.
Em 2014 firmaram sociedade com os filhos Gustavo e Guilherme, visando atuar no transporte de calcário, grãos e insumos agrícolas.
No entanto, crises econômicas afetaram diretamente as atividades dos Kremer. A primeira pela alta do dólar, entre 2003 e 2004, além de terem sofrido com a “ferrugem asiática”.
Houve uma melhora no mercado de grãos e a situação se estabilizou em 2006, resultando no arrendamento de novas áreas, dando início, no ano de 2011, ao plantio nas Fazendas Santa Fé I e II, situadas em Santa Rita do Trivelato.
Ocorre que uma nova tribulação abalou os compromissos financeiros do conglomerado e os Kremer atribuíram a isso a nova alta do dólar, pandemia do Covid-19, aos arrestos de grãos sofridos, e à guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Diante disso, antes de deferir o pedido completo de recuperação, a juíza determinou realização de verificação prévia nas empresas do grupo, ocasião em que deferiu tutela de urgência ordenando a suspensão das ações e execuções ajuizadas contra os devedores, além de declarar a essencialidade dos bens que entrariam no processo.
Reconhecendo a dificuldade do grupo, bem como a capacidade de soerguimento financeiro, Anglizey, além de suspender as execuções contra os Kremer, deferiu o pedido de recuperação judicial e resguardou os bens de arresto, penhora ou constrições.
“Diante do exposto, defiro o processamento da presente recuperação judicial ajuizada por Renato Kremer, Daniela Kremer, Gustavo Kremer e Guilherme Kremer, produtores rurais e a sociedade empresária K. Agro".
O grupo deverá apresentar plano em 60 dias, contendo carência, parcelamento e demais estratégias que serão apresentadas aos credores.
Paulo 09/02/2024
Mais um na trambicagen em que só os grandes caloteiros entra em recuperação judicial pra ficar livre de contas .sendo favorecidos sempre .
Osni Zimmermann 09/02/2024
Golpistas e oportunistas fazendo festa , ser trambiqueiro também é POP
Sérgio Pereira Bonalumi 08/02/2024
Só querendo mamata . Caloteiros
Aldo 08/02/2024
Se essa moda pega.. .ninguém mais paga contas em dia. MT tá fácil da calote!
4 comentários