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Equipes do Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Nobres, a 151 km de Cuiabá, seguem há sete dias as buscas por Edicarlos Tsere Dza’ o Te’ Awe, bebê indígena xavante de 1 ano e 8 meses desaparecido na Aldeia Novo Progresso, na Terra Indígena Marechal Rondon, em Paranatinga, a 373 km de Cuiabá.
O menino sumiu na manhã do dia 8 de março, quando saiu de casa acompanhado de um primo de 10 anos para buscar farinha de trigo na casa do avô, a cerca de 400 metros de distância.
No meio do caminho, o mais velho pediu que Edicarlos retornasse sozinho, mas ele não foi mais visto desde então.
A família e os indígenas iniciaram buscas imediatamente, mas as fortes chuvas que caíram na noite seguinte dificultaram os trabalhos iniciais.
Buscas intensificadas com drones e cão farejador
No dia 11 de março, o Corpo de Bombeiros de Nobres foi acionado para reforçar as buscas. Os militares da unidade foram deslocados para a operação, contando com o apoio dos bombeiros. A equipe levou um cão farejador, além de um drone para varredura aérea da região.
Desde então, as equipes têm realizado buscas minuciosas em áreas de mata fechada, margens de rios e lagos, além de pontos estratégicos nas proximidades do último local onde a criança foi vista.
Nos dias seguintes, a operação adotou a estratégia de “pente fino”, ampliando as buscas em um raio de 1 km do local do desaparecimento. O drone foi utilizado diariamente para cobrir grandes áreas e tentar identificar possíveis rastros da criança. Apesar dos esforços contínuos, nenhuma pista foi encontrada até a publicação desta reportagem.
Reunião define novas estratégias para buscas
Diante da falta de avanços, as equipes retornaram a Paranatinga nesta sexta-feira (14) e se reuniram com Elber, gerente municipal de Assuntos Indígenas, e o delegado Gabriel Conrado para discutir novas abordagens para a operação.
As buscas continuam, e o Corpo de Bombeiros de Nobres reforça o compromisso de seguir na tentativa de localizar Edicarlos. As autoridades pedem que qualquer informação sobre o caso seja repassada imediatamente aos órgãos competentes.
Entenda o caso
Há uma semana, a criança indígena desapareceu após sair de casa acompanhada de um primo de 10 anos para buscar farinha de trigo na casa do avô. O local fica a cerca de 400 metros da Aldeia Novo Progresso, onde a família mora.
Segundo familiares, durante o trajeto, o primo mais velho pediu que a criança voltasse sozinha para casa. No entanto, o menino não retornou e não foi mais visto na aldeia.