Felipe Pereira
Brasilia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido na manhã deste sábado (13) a uma nova cirurgia abdominal, no Hospital DF Star, em Brasília. De acordo com boletim médico divulgado pela unidade de saúde, o procedimento foi necessário devido a um quadro persistente de subobstrução intestinal.
A cirurgia, denominada laparotomia exploradora, tem como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. O político foi levado ao bloco cirúrgico por volta das 8h30, com início do procedimento às 10h. A intervenção foi considerada extensa e de grande complexidade.
De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, integrante da equipe médica, o abdome do ex-presidente apresenta diversas alterações por conta das múltiplas cirurgias anteriores, desde o atentado com faca sofrido em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).
— "É uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado desde lá de 2018, quando teve a facada", declarou.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou nas redes sociais, por volta das 13h30, que o procedimento seria prolongado.
— “Ele está com muitas aderências”, escreveu em seus stories no Instagram.
Antes de ser levado ao centro cirúrgico, Bolsonaro enviou uma mensagem a parlamentares, mencionando o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
— “Domingo, logo mais, às 08h00 me submeto a mais uma cirurgia, ainda decorrente da facada de 06/set/2018. Ao meu lado o Bispo JB Carvalho e bons médicos e enfermeiros. Se Deus quiser tudo ocorrerá bem.”, disse.
No mesmo texto, o ex-presidente se referiu ao caso de Débora, condenada a 14 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos, defendendo a redução da pena.
— “Modular a pena da Débora (batom), passando de 14 para 10 anos de prisão, continua sendo uma brutal injustiça (...). Deus ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos.”
Esta é a sexta cirurgia de Bolsonaro desde 2018. A última havia sido em setembro de 2023, também relacionada a complicações no aparelho digestivo, além de ajustes respiratórios. Na época, o hospital informou que os procedimentos ocorreram de forma “satisfatória”.