Amanda Divina/OlharDireto
Tangará da Serra/MT
As jovens Anna Clara Ramos Felipe, de 18 anos, e Ayla Pereira dos Santos, tiveram as execuções transmitidas por videochamadas para um reeducando da Penitenciária Central do Estado (PCE). O detento foi alvo da operação deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (18).
Os corpos de Anna Clara e Ayla foram encontrados em uma região de mata no dia 29 de janeiro. As vítimas tinham sinais de tortura, como queimaduras pelo corpo, e estavam amordaçadas. Durante as investigações da Polícia Civil, foi descoberto que o crime foi encomendado por um detento da PCE. Ambos os assassinatos foram transmitidos por videochamada para o reeducando.
Na operação, deflagrada na terça-feira, foi dado cumprimento aos mandados de prisão e busca e apreensão contra o alvo. Um outro suspeito, identificado nas investigações, também teve a ordem de prisão decretada pela Justiça e segue foragido.
"Com relação a essa segunda fase, falta cumprir (o mandado) somente de um que está foragido. Já temos quatro presos. A gente continua aprofundando as investigações para identificar os demais participantes da videochamada porque a gente já sabe que mais de uma pessoa se fez presente nesse tribunal do crime, nessa videochamada que determinou a morte dessas jovens", disse o delegado Igor Sassaki.
Ainda conforme a autoridade policial, a motivação do crime continua sendo investigada. Entretanto, o delegado pontuou que existe uma linha principal que teria motivado os assassinatos, mas que ainda não há provas de que as vítimas pertenceriam a uma facção criminosa.
"Motivação não está totalmente esclarecida. Sabemos que foi a mando da facção por supostamente descumprirem determinações das próprias facções", pontuou.