Brenda Closs/Folhamax
O senador Jayme Campos (UB) comentou sobre a possibilidade de o cantor sertanejo Gusttavo Lima entrar na disputa eleitoral como candidato à presidência da República ou como vice na chapa do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). A declaração foi dada durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, nesta segunda-feira (17).
Caiado anunciou o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência em um evento programado para o dia 4 de abril, às 9h, no Centro de Convenções de Salvador. A possível aliança com o “Embaixador” pode ser uma estratégia para conquistar o eleitorado jovem e rural.
“Eu tinha ouvido falar lá atrá, de que o Gusttavo Lima seria candidato a senador lá em Goiás. Aí já surgiu a necessidade de ser candidato a governador, a presidência pública e agora está dando uma boa dica aí de que ele pode ser candidato a vice da chapa de Ronaldo Caiado para fortalecer e ganhar a musculatura”, declarou o senador. A força de Gusttavo Lima entre eleitores ligados ao agronegócio é um dos principais argumentos para sua inclusão na política.
O cantor tem uma relação próxima com o setor, especialmente no Centro-Oeste. Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, ele chegou a realizar um show em uma plantação de milho em Primavera do Leste, Mato Grosso, estado onde o agro é a principal atividade econômica.
“É verdade. Ninguém pode desconhecer essa força que ele [Gusttavo] tem diante do público brasileiro. Pode ser que essa possibilidade de se querer ele como vice seja para atrair um grande segmento da sociedade que apoie a candidatura dele. Mas ele tem que se preparar, conhecer a realidade do Brasil, a economia, segurança, infraestrutura, até mesmo a geopolítica, fazer esses intercâmbios, é guerra que surge nos países, enfim. Não sei se ele tem essa capacidade, até porque eu não o conheço pessoalmente. Não posso fazer uma narrativa em relação a pessoa que eu não conheço”, avaliou Jayme.
Jayme abordou a força do artista no agronegócio e sua popularidade, mas também levantou questionamentos sobre a capacidade do cantor para assumir um cargo de tamanha responsabilidade. “Eu acho que não é bem assim. Eu gosto de você como cantor, agora como candidato, talvez você não me apetece. Não tem por que eu votar em você, porque você é um candidato que canta bonito, que leva a multidão aí na rua. E eu acho que, na verdade, para ele se preparar até mesmo para ser presidente da República é uma longa caminhada, ele está acostumado a cantar músicas bonitas, levar uma grande multidão”, opinou.