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POLÍTICA Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 14:06 - A | A

27 de Março de 2025, 14h:06 - A | A

POLÍTICA / EMOÇÃO NA TRIBUNA

Vereador chora ao ler carta de alunos com medo de teto cair em escola em MT

Daniel defende recuperação física de unidades

Brenda Closs/Folhamax
Cuiabá/MT



O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) recebeu uma carta de alunos da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Senador Darcy Ribeiro, localizada no bairro Jardim Industriário I, em Cuiabá, denunciando a falta de estrutura em sala de aula. Ao ler o relato das crianças na sessão desta quinta-feira (27), o parlamentar se emocionou ao expor as dificuldades enfrentadas pelos estudantes no ambiente escolar.

“'Senhor vereador, a sala está muito quente, está quase insuportável, o telhado quando chove tá cheio de goteira, ele pode cair a qualquer momento'. Eu não vou terminar de ler essa carta porque eu me emociono lendo uma coisa dessas. Como é que a gente vai esperar alguma coisa da nossa juventude se a gente não consegue dar um ambiente climatizado sem medo de o teto cair na cabeça?”, questionou o vereador.

Segundo o republicano, que trabalhou por alguns anos na área da educação estadual, as prioridades da gestão do governador Mauro Mendes (UB) eram a limpeza e a infraestrutura das unidades escolares porque nenhum aluno consegue aprender num ambiente considerado perigoso e insalubre. Daniel comparou a situação dos alunos do 8º ano com a Casa de Leis.

“Peço a vocês que coloquem a mão na cabeça de vocês e pensem se esse ar-condicionado aqui [do plenário] estraga? A gente vai sentir desconforto e reclamar para a presidente arrumar. Vamos adiar sessão porque não aguentaremos de calor”, comparou. O legislador ainda fez um alerta que o poder público está perdendo a “guerra” para o crime organizado, a exemplo das facções.

Sem a falta de educação, esporte, cultura e lazer para a periferia, os jovens não só podem como já estão sendo cooptados para o Comando Vermelho. “Estamos exigindo da nossa juventude que está entregue ao crime organizado porque não tem esporte, cultura no contra-turno, damos quatro horas de aula e achamos que tá tudo bem, pai e mãe trabalham oito horas sem contar o tempo no transporte coletivo. Sem falar que nas poucas horas que estamos com essas crianças, elas estão com medo do telhado cair na cabeça delas”, desabafou.

Por fim, ele cobrou a reforma do local e pediu mais atenção da gestão municipal para com a educação básica. “Vamos olhar com mais atenção aos nossos jovens. Eles estão pedindo socorro”, finalizou. a



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