Uma mulher de 56 anos e um homem de 53 foram presos nesta terça-feira (21) em uma agência bancária, na Avenida da FEB, em Várza Grande, região metropolitana de Cuiabá, quando tentavam abrir uma conta em nome de uma servidora pública. Conforme a Polícia Civil, que investigou o caso, a mulher tentou se passar por uma professora da rede estadual de ensino e apresentou documentos falsificados e o homem se dizia procurador dela. Nos documentos constavam os dados da vítima, no entanto, a fotografia era da suspeita.
A intenção seria sacar R$ 106 mil da conta da vítima. O dinheiro estava na conta desde 2009, sem nenhuma movimentação. A polícia ainda não conseguiu confirmar se a servidora já faleceu ou não. As investigações começaram, de acordo com a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração (Defaz), depois que o suspeito de 53 anos tentou sacar o montante apresentando uma procuração falsa em um banco de Rondonópolis, a 218 quilômetros da capital.
Porém, ao tentar sacar o dinheiro, o funcionário do banco informou ao suspeito que o CPF da servidora estava suspenso. Desse modo, o atendente pediu que o 'procurador' voltasse à agência acompanhado da titular da conta. Ele alegou, no entanto, que a mulher morava em Cuiabá. Nisso, o gerente do banco entrou em contato com a Auditoria Geral do Estado, já que a vítima era professora da rede estadual de educação, comunicando sobre o caso.
Todas as agências do estado foram informadas sobre a suspeita de estelionato e, nesta terça-feira, quando o casal foi ao banco tentar abrir a conta. Nesse caso, com a mulher se passando pela professora, o funcionário acionou a Delegacia Fazendária, que foi ao local e prendeu os dois em flagrante.
Em depoimento à polícia, o homem confessou o crime e disse que estaria precisando de dinheiro e que o montante estava parado na conta. Segundo a polícia, ele afirmou que alguém teria lhe passado a informação sobre a situação bancária da vítima.
Na casa do suspeito foram apreendidos vários documentos falsificados, inclusive dele, além de computadores, contendo programas utilizados para a falsificação de documentos. A polícia deverá continuar as investigações na tentativa de localizar outros suspeitos de envolvimento no crime. O casal foi autuado em flagrante por estelionato e falsificação ideológica.