Folhamax
Cuiabá/MT
Fernanda Correa Stumpp, 43 anos, a empresária que morreu ao cair do 15° andar do condomomínio Cuiabá Central Parque, em Cuiabá, tinha histórico de depressão e, antes de tirar a própria vida, ligou para o namorado, o empresário Igor Noda, dizendo que iria pular do prédio. Ele foi correndo ao local, mas não houve tempo suficiente, conforme relatoo policial.
O caso foi registrado às 15h30, desta segunda-feira (16). Inicialmente, a polícia recebeu chamadas de populares que relataram que uma mulher teria acabado de se jogar do condomínio.
Viaturas da Polícia Militar foram até o local e confirmaram os fatos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte de Fernanda no local.
Os policiais entraram em contato com o irmão da vítima, que relatou que Fernanda já tinha histórico de depressão e, antes de tomar a decisão, ligou para o namorado dizendo que iria pular do prédio. O namorado então entrou em contato com ele, e os dois seguiram para o condomínio.
Já no local, Fernanda liberou a entrada no prédio e, posteriormente, pulou do 15° andar enquanto irmão e namorado estavam no elevador. Equipes da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foram acionadas para a adoção de procedimentos cabíveis.
O velório de Fernanda teve início na manhã de hoje na funerária Santa Rita. Amigos pediram, em redes sociais, que sejam usadas roupas brancas durante o ato.
DEPRESSÃO
Silenciosa, a depressão vem se consolidando como um problema médico alarmante. De acordo com dados disponíveis no Ministério da Saúde, a depressão é uma doença mental de elevada prevalência e é a mais associada ao suicídio.
Ela tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. O tratamento é medicamentoso e psicoterápico.
A escolha do antidepressivo é feita com base no subtipo da depressão, nos antecedentes pessoais e familiares, na boa resposta a uma determinada classe de antidepressivos já utilizada, na presença de doenças clínicas e nas características dos antidepressivos.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, 90-95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento antidepressivo. É fundamental a adesão ao tratamento, pois a interrupção por conta própria ou o uso inadequado da medicação pode aumentar significativamente o risco de cronificação. O tratamento pode ser realizado na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.
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