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SINOP Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2024, 14:46 - A | A

27 de Dezembro de 2024, 14h:46 - A | A

SINOP / JURADOS DE MORTE

Presos cavam túnel para tentar fugir de facção na penitenciária em Sinop/MT

Alexandra Lopes/Folhamax



Criminosos encarcerados nos raios 6 e 7 da Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como "Ferrugem", em Sinop (500 km de Cuiabá), foram flagrados cavando um túnel para fugirem da unidade, nesta quinta-feira (26). A fuga foi arquitetada após seis presidiários terem suas mortes decretadas pelo tribunal do crime da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

A unidade prisional está em guerra desde o assassinato de Ian Pereira Costa, de 23 anos, no dia 16 de deste mês. Ele foi enforcado dentro do banheiro e um bilhete foi deixado no corpo com referência ao Comando Vermelho.

Segundo informações, durante uma revista feita por policiais penais no raio 07, foi encontrada uma grande quantidade de terra no local e um túnel de aproximadamente 60x60 centimetro de diâmetro e mais dois metros de extensão, além de duas cordas artesanais feitas com lençóis e conhecidas como maria tereza, de aproximadamente seis metros de comprimento.

No local estavam quatro internos da cela 18, e outros quatro detentos de outras celas que mudaram para a cela 18 sem autorização. 

PERSEGUIÇÃO

Na última segunda-feira (23), por volta das 10h30, um dos presidiários denunciou aos policiais penais que outros detentos do raio 06, ala 34, ficaram sabendo que ele tinha fotos nas redes sociais com Ian Pereira Costa e passaram a ameaçá-lo. Um dos faccionados teria o chamado de "cabriteiro safado" e disse que iriam dar um jeito nele, na quadra, porque a morte dele já teria sido decretada e autorizada, por telefone. O preso foi transferido para o raio 5 como medida de segurança.

TRIBUNAL DO CRIME

No mesmo dia, às 18h, quando uma equipe da unidade entrou no raio 7 para averiguar se todas as celas estavam devidamente trancadas, escutou pedidos de socorro vindos da cela 15. Ao abrir a porta da cela, foi solicitado aos detentos que permanecessem em procedimento de segurança. Entretanto, dois presos se levantaram, desobedecendo às ordens. Diante da situação, os policiais penais atiraram com munições não letais atingindo dois presidiários.

Após contê-los, a equipe entrou a cela e constatou que havia um preso amarrado e apresentando sinais de tortura. Ao remover a mordaça, o detendo disse que outro presidiário também estava amarrado na cela 23, com decreto de morte. A equipe foi até a cela 23  e encontrou outro preso amarrado, que foi desamarrado e retirado da cela pela equipe.

Na sequência, os policiais foram ao raio 6 para realizar a mesma verificação. Durante o procedimento, os presos inicialmente não atenderam à solicitação de entrar em procedimento de segurança, o que motivou o lançamento de uma granada GL-707 de luz e som para "restabelecer a ordem". Ainda assim, alguns presos colocaram as mãos para fora das celas em sinal de resistência.

Para conter a situação, foram realizados disparos com espingarda calibre 12, utilizando munição de borracha. Após a contenção, foi feita a verificação cela por cela no raio 6. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) afimrou que apura apura as circunstâncias dos casos através de procedimentos administrativos. 



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Josielma mota 27/12/2024

Misericórdia,nem dentro da prisão não sossegam ????

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1 comentários