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GERAL Quarta-feira, 09 de Abril de 2025, 10:09 - A | A

09 de Abril de 2025, 10h:09 - A | A

GERAL / ECONOMIA

Comércio cresce 0,5% em fevereiro e atinge maior patamar da história

Recorde anterior foi registrado em outubro de 2024

Bruno de Freitas Moura/Agência Brasi



As vendas no comércio cresceram 0,5% na passagem de janeiro para fevereiro, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. O recorde anterior foi em outubro de 2024. A constatação está na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado tem ajuste sazonal, o que tira efeitos de calendário e permite comparação mais ajustada.

Já na série sem ajuste sazonal, o desempenho das vendas em fevereiro representa evolução de 1,5% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o setor apresenta expansão de 3,6%.

A média móvel trimestral, indicador que mostra a tendência de comportamento das vendas, teve crescimento de 0,2%, com ajuste sazonal. Com os números conhecidos nesta quarta-feira, o comércio se coloca 9,1% acima do patamar pré-pandemia da covid-19, observado em fevereiro de 2020.

Na comparação entre meses imediatos, a alta de 0,5% é considerada a primeira fora do intervalo de estabilidade, ou seja, quando os números eram muito próximos de zero:

Outubro 2024: 0,4%

Novembro 2024: -0,2%

Dezembro 2024: -0,2%

Janeiro 2025: 0,2%

Grupos de atividades

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro apresentaram expansão:

Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 1,1%

Móveis e eletrodomésticos: 0,9%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,3%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 0,1%

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, em fevereiro foi observado a volta do protagonismo para o setor de hiper e supermercados, após um período de 6 meses com variações próximas de zero.

O analista aponta que a desaceleração da inflação da alimentação em domicílio, que passou de 1,06% em janeiro para 0,76% em fevereiro, ajuda a explicar esse protagonismo das vendas nos supermercados.

As quatro atividades que apresentaram recuo nas vendas foram:

Livros, jornais, revistas e papelaria: -7,8%

Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,2%

Tecidos, vestuário e calçados: -0,1%

Combustíveis e lubrificantes: -0,1%

De acordo com o gerente da pesquisa, o destaque negativo do segmento de livros, jornais, revistas e papelarias é explicado por uma “evasão dos produtos físicos dessa atividade, que estão indo para o consumo para serviços como plataformas digitais”.

Ele acrescenta que o fechamento de mais lojas físicas, sobretudo livrarias, foi outro fator que explica o resultado.

Esse setor se encontra 80,2% abaixo do ponto mais alto atingido pela atividade, em janeiro de 2013.

No varejo ampliado, que inclui dados de vendas de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas do comércio recuou 0,4% de janeiro para fevereiro na série com ajuste sazonal. Em 12 meses, há expansão acumulada de 2,9%, sem ajuste sazonal.

Revisão de 2024

O IBGE informou que uma grande empresa do setor de artigos farmacêuticos corrigiu dados relativos a 2024. Dessa forma, a expansão da atividade, anteriormente apurada em 14,2%, passou para 7,4%.

Essa mudança fez com que o comércio como um todo tivesse crescimento de 4,1% em 2024, abaixo dos 4,7% originalmente divulgados. Mesmo com a regressão de 0,6 ponto percentual, a alta de 2024 é a maior desde 2013, quando tinha crescido 4,3%.



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