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GERAL Terça-feira, 08 de Abril de 2025, 09:55 - A | A

08 de Abril de 2025, 09h:55 - A | A

GERAL / CORRERIA

Consumidores nos EUA fazem estoque de produtos antes de novas tarifas de Trump entrarem em vigor

Entre os produtos, estão sucos, feijão, azeite, de limpeza e mais. Estoquistas também temem prateleiras vazias.

CBN
Estados Unidos



Diversos consumidores nos Estados Unidos correram para supermercados nos últimos dias para fazer um estoque de produtos em meio a novas tarifas recíprocas de produtos importados impostas pelo governo Trump que entrarão em vigor nesta quarta-feira (8). As medidas irão atingir ainda mais os produtos importados. Entre os produtos estocados estão sucos, feijão, azeite, de limpeza e mais.

'Estou comprando o dobro de qualquer coisa - feijão, enlatados, farinha, o que você quiser. Há uma recessão chegando e estou me preparando para o pior', afirmou Thomas Jennings, de 53 anos.

Outro consumidor, Angelo Barrio, de 55 anos, tem preocupação também sobre a economia nos próximos meses. Ele já começou a comprar produtos com longo prazo de validade desde a eleição do republicano.

Ele também comprou farinha, açúcar e até mesmo água. O medo dele, conta a reportagem, é que os preços no varejo aumentem em breve pelas tarifas de Trump. 'Você nunca pode ter certeza de quanto vai precisar. Eu olho todos os preços de perto porque vivo com uma renda fixa. Pagar um preço mais alto em algum lugar significa fazer ajustes em algum outro orçamento', afirma.

O grupo de pesquisa Tax Foundation disse que os impostos de Trump vai custar US$ 3,1 trilhões nos próximos 10 anos para os americanos. Isso representaria um aumento de mais de US$ 2 mil em impostos apenas neste ano para as famílias.

Segundo a rede de TV ABC, as novas tarifas podem gerar um aumento geral de preços, desde eletrodomésticos e carros a mantimentos e suprimentos médicos. O receio também se junta a uma possível piora na inflação, de acordo com consumidores que conversaram com a Reuters.

Manish Kapoor, fundador de uma empresa de gerenciamento da cadeia de suprimentos nos arredores de Los Angeles, disse que há medo de prateleiras vazias, como ocorreu durante a pandemia.

Nesta semana, abasteceu o estoque de pasta de dente, sabão, água, arroz e até mesmo azeite de oliva (na qual diz que possui 20 garrafas).

'Vimos isso também durante a COVID, quando todos saíram freneticamente e pegaram tudo nas prateleiras das lojas, precisando ou não. Não chegou a esse nível, mas as pessoas estão preocupadas que o custo (dos produtos) vá aumentar e, você sabe, vamos estocar', disse.

O Brasil está entre os possíveis países que são beneficiados pelo 'tarifaço' contra mais de 180 países do mundo imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação está em uma publicação da agência de notícias Reuters.

A reportagem destaca, em primeiro lugar, que o país teve uma tarifa baixa, de apenas 10%, a menor entre todas - algo diferente do que ocorreu com a União Europeia, Coreia do Sul e Japão, por exemplo, com 20% para mais de tarifas.

Com grande foco na agricultura, o Brasil poderia se beneficiar das tarifas retaliatórias da China que devem atingir os exportadores agrícolas dos Estados Unidos. Essas taxas devem entrar em vigor nesta quarta-feira (9).

A Reuters também aborda como a situação gera uma possibilidade de aproximação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, algo que tem sido buscado há muito tempo. O país que mais poderia se beneficiar do acordo seria, justamente o Brasil.

A reportagem também recorda que, no primeiro mandato de Trump, os produtores brasileiros de soja e milho tiveram vendas recordes após a China ter congelado a compra dos produtores americanos, algo que poderia ser replicado.



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