Pollyana Araújo/Primeira Página
Mato Grosso
Ela não ataca. Apenas observa. De olho na câmera, a sucuri-amarela (Eunectes notaeus) parece medir a cena antes de seguir seu caminho. E então começa a se mover com tranquilidade — deixando para trás uma trilha de respeito e admiração.
O flagrante foi feito pelo fotógrafo Erisvaldo Almeida no Pantanal mato-grossense, em um registro que impressiona pela proximidade e pelo tamanho da serpente.
Também conhecida como anaconda-amarela, a espécie é natural da América do Sul e tem presença confirmada em diversos países, incluindo Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina. No Pantanal, encontra condições ideais para se camuflar entre águas rasas e vegetação densa.
A sucuri-amarela pode chegar a quase 4 metros de comprimento e, embora seja menor que a sucuri-verde, é uma das maiores serpentes do continente. No vídeo, o animal surge em destaque no primeiro plano, com escamas amarelas e esverdeadas perfeitamente integradas ao chão forrado de folhas secas. Ao se deslocar, exibe toda a extensão do corpo — e impõe sua presença sem nenhum esforço.
Diferente do que muitos acreditam, essa serpente não é peçonhenta. Ela mata por constrição, envolvendo a presa com o corpo até que ela não consiga mais respirar. Apesar da fama temida, raramente oferece risco ao ser humano e costuma evitar contato direto.
O vídeo destaca não só o tamanho, mas o comportamento da espécie em seu habitat natural. O enquadramento, feito rente ao solo, transmite a sensação de proximidade — como se o espectador estivesse ali, frente a frente com a serpente.
Erisvaldo Almeida, fotógrafo especializado em vida selvagem, se dedica a registrar o cotidiano do Pantanal com respeito e sensibilidade. Ao captar esse momento, ele ajuda a quebrar mitos e a aproximar o público de um dos animais mais emblemáticos e mal compreendidos da fauna sul-americana.
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