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POLÍCIA Terça-feira, 15 de Outubro de 2024, 16:47 - A | A

15 de Outubro de 2024, 16h:47 - A | A

POLÍCIA / COMBATE

Servidores públicos são presos em operação suspeitos de desviar verbas de prefeitura em MT

Esquema envolvia três servidores municipais que trabalhavam na Prefeitura de São Félix do Araguaia, sendo que cada um deles possuía um papel no desvio dos recursos públicos.

G1/MT



Quatro servidores públicos foram presos durante a Operação Improbos, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (15), suspeitos de integrarem um esquema de desvio de verbas públicas e corrupção dentro da Prefeitura de São Félix do Araguaia, a 1.159 km de Cuiabá.

Além das prisões, a operação também resultou no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, cumpridos nas casas dos investigados e setores administrativos da prefeitura. As contas bancárias dos investigados também foram bloqueadas por intermédio judicial, durante a operação.

Segundo as investigações, o esquema envolvia três servidores municipais que trabalhavam na prefeitura, sendo que cada um deles possuía um papel no desvio dos recursos públicos. Já o quarto suspeito, que também é servidor público, está preso por envolvimento com tráfico de drogas e teve uma nova prisão preventiva decretada pelos crimes investigados pela Polícia Civil.

Durante as buscas, os policiais apreenderam documentos, dispositivos eletrônicos e registros contábeis, que serão periciados para comprovar a dinâmica do esquema e identificar outros possíveis envolvidos.

De acordo com a polícia, a ação foi coordenada de maneira simultânea para evitar a destruição de provas e garantir a captura dos envolvidos, sendo que um dos investigados ainda não se apresentou e é considerado foragido da justiça.

O total dos valores desviados deve ser apurado após a análise do sigilo bancário e a conclusão do relatório de investigação.

O esquema

O delegado responsável pelo caso, Ivan Albuquerque Soares informou que um dos investigados, identificado como o principal articulador do esquema, usava a posição de controle financeiro para facilitar o repasse de recursos a credores selecionados, assegurando que os pagamentos ilícitos ocorressem sem levantar suspeitas. Ele também intermediava pagamentos irregulares, cobrando comissões pela liberação dos valores.

O segundo suspeito atuava como intermediário, recebendo os valores desviados e distribuindo-os entre os demais envolvidos. A função dele era ocultar a origem dos recursos e garantir que as quantias fossem repassadas conforme as orientações do articulador, garantindo que todos os participantes do esquema fossem remunerados de forma adequada.

Já o terceiro investigado utilizava uma série de empresas de fachada para simular a prestação de serviços e a venda de materiais à prefeitura. Essas empresas, registradas em nome de terceiros, emitiam notas fiscais fictícias e formalizavam contratos fraudulentos para justificar o recebimento dos valores desviados, conferindo uma aparência de legalidade às transações ilícitas.

Além disso, o grupo facilitava pagamentos a credores que enfrentavam dificuldades para receber as verbas junto ao município. Os investigados cobravam comissões indevidas para acelerar a liberação dos pagamentos, utilizando a influência na prefeitura para garantir que os recursos fossem repassados mediante uma taxa de retorno. Conforme a investigação, essa prática não apenas desviava recursos, mas também comprometia a integridade do processo de pagamentos, favorecendo empresas que aceitavam participar do esquema.



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