Gustavo Castro/OlharDireto
Matupá/MT
Fábio Marre Félix, de 34 anos, morreu na noite de quinta-feira (9), em um confronto com a Polícia Militar em Matupá/MT (689 km de Cuiabá/MT). Ele estava sendo procurado pela Polícia Civil após ter assassinado a própria esposa, Regina Fortunato Quirino Araújo, 34, em setembro do ano passado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia realizava rondas pela cidade quando foi acionada com a denúncia de que o suspeito estaria escondido em uma residência na zona rural do município.
A mesma propriedade já havia sido alvo de uma operação policial anterior, na qual foi encontrada uma arma de fogo supostamente pertencente a Fábio. Durante a ocasião, ele conseguiu fugir ao perceber a presença das autoridades.
Após a nova denúncia, os policiais deslocaram-se ao local e, ao se aproximarem da residência, avistaram uma pessoa dentro. Ordem para que o suspeito se entregasse com as mãos na cabeça foram dadas, porém, sem sucesso. Diante dos fatos, os agentes entraram no imóvel. Lá, Fábio foi encontrado segurando um facão e com um volume aparente na cintura. Mesmo após novas ordens para largar a arma, ele teria investido contra as autoridades.
Então, um disparo de arma de fogo foi efetuado, atingindo Fábio no tórax. Após ser contido, os policiais constataram que ele também carregava na cintura um simulacro de arma de fogo. Apesar dos esforços da guarnição para socorrê-lo até o pronto-socorro mais próximo, devido à falta de sinal telefônico na região rural, Fábio não resistiu aos ferimentos e teve o óbito confirmado na unidade de saúde.
A Polícia Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas para investigar o caso e realizar os procedimentos cabíveis.
Feminicídio
Regina teve queimaduras graves e morreu no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), para onde veio transferida. Ela foi levada pelo ex-marido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Sinop (500 km de Cuiabá). Na ocasião, Fábio relatou à equipe médica que sua companheira havia tentado suicídio ateando fogo em si. Em seguida, ele fugiu.
De lá, a vítima foi levada ao Hospital Regional e após constatarem que a unidade não possuía recursos para tratar a gravidade das lesões da vítima, ela foi transferida para Cuiabá, no 21 de setembro. Regina foi a óbito na mesma noite.
Contudo, no dia seguinte, 22 de setembro, a Polícia Civil foi comunicada pela filha da vítima que se tratava de um crime, e não uma tentativa de suicídio. A familiar contou que não era a primeira vez que o suspeito agredia rotineiramente a mãe, inclusive, já havia batido nela usando uma arma de fogo. O autor do crime também teria dito à Regina que não aceitaria separação.
