Maricelle Lima/HiperNotícias
O governador Mauro Mendes (União) afirmou, nesta quarta-feira (9), que concorda com a forma que o Congresso Nacional tem lidado com o tarifaço imposto pelos Estados Unidos (EUA). Desde sábado (5), começou a valer a taxação a dezenas de países, entre eles o Brasil, com o índice base de 10% sobre a importação de itens para o país norte-americano.
Mauro reforçou que sempre defendeu a reciprocidade. “Não é justo eles fazerem isso conosco sem a menor justificativa e o Brasil ficar prostrado, como nenhum país está ficando”, falou.
O governador destacou como positivas as articulações em Brasília para responder às medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Acho que o Congresso Nacional está certíssimo em exigir do Governo Federal, através de uma lei, dar o estabelecimento da reciprocidade no tratamento das relações comerciais e internacionais”, pontuou.
Questionado da possibilidade da reciprocidade causar um aumento da inflação dentro do Brasil e atingir principalmente as pessoas mais pobres, o gestor foi enfático. “A não exportação dos nossos produtos também pode causar a mesma coisa”, concluiu.
LEI DA RECIPROCIDADE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não sancionou a Lei da Reciprocidade. O Projeto de Lei (PL) 2088/2023 prevê que o Brasil possa ativar um dispositivo de retaliação em caso de barreiras tarifárias impostas por outros países. A medida passou pelo Congresso na primeira semana de abril e foi aprovado pelas duas Casas, agora aguarda sanção da presidência.
O texto do PL foi aprovado na Câmara dos Deputados em votação simbólica nesta na quarta-feira (02) depois de ter ido ao Plenário do Senado Federal no dia anterior, na terça (1º). O projeto de lei, de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-MA), tramita no Congresso desde 2023, mas ganhou celeridade nos últimos dias após os anúncios da política tarifária de Trump.